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Museu de "Los Sanfermines"
Pamplona, Espanha
2001 |
Mais do que museu, o espaço a conceber será como que uma casa, naquilo que a noção de casa significa enquanto espaço de acolhimento, alegria, vivacidade e calor humano, assumindo uma verdadeira dimensão popular.
Na sua génese os espaços devem ser articulados de modo a gerarem movimento, a reproduzirem espaço de cidade, a não se esgotarem em si próprios. A visita ao museu inicia‑se fora, numa espécie de recolha prévia de imagens e sensações que se irão avivar e contextualizar no contacto com o seu conteúdo, devendo depois projectar os visitantes novamente para o exterior, através de apelos temáticos ou espaciais, que os levarão à redescoberta da cidade, agora com um novo olhar.
Não se pretende que o Museu dos Sanfermines se afirme como um monumento ou peça singular, não existindo qualquer propósito em eleger um tipo ou uma imagem específica. Pelo contrário, pretende-se que seja capaz de se rever na cidade, na sua complexidade – a célula, a rua e a praça.
Isto porque a festa é a própria cidade.
Tal como no "encierro", os espaços traduzem movimento, mas também flexibilidade e multiplicidade espacial.
Resta agora o desafio de conseguir que cada visitante sinta a emoção e a intensidade do "encierro" e no final da visita se assuma como um verdadeiro cidadão de Pamplona. |
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