Melhoria da Acessibilidade ao Centro Histórico
Vejer de la Frontera, Espanha
2010
Vejer de la Frontera é uma dessas “cidades brancas”, tão tipicamente mediterrânicas, encastrada no cimo de uma atalaia circundada por uma paisagem magnífica.
À fragmentação da Vejer recente opõe-se um centro histórico compacto e consolidado, e nem mesmo este contraste entre formas de ocupação é suficiente para comprometer a unidade que caracteriza o conjunto na sua relação com a paisagem.
A intervenção deverá assumir-se como uma espécie de nova “porta” da cidade, constituindo-se, em simultâneo, no “suporte” das actividades já existentes, às quais se acrescentam agora novos equipamentos e espaços que devem ser suficientemente flexíveis para serem capazes de receber formas de usos diferenciados, estabelecendo outros modos de estar e uma espécie de “malha” de percursos pedonais e viários.
A cidade é aqui reinterpretada no modo como se ordenam os espaços e as formas, numa alusão livre, mas comprometida, com a matriz que a desenha. Os recursos compositivos não pretendem expressar mais do que a recusa de qualquer sentido mimético ou de qualquer alusão mais pintoresca.
O que importa, afinal, é um desenho que seja capaz de recriar as diferentes densidades de que é feita a cidade – na luz, mas com sombra.
