[en] [es] [pt]

lista projectos

<< >>

 

 

 

lista projectos

<< >>

 
 

Ponte de Lima
Estudo Urbanístico

Ponte de Lima
2000 - 2005

A área de intervenção abrangida pelo estudo, a pesar de ser pequena em termos físicos é relativamente grande se comparada com a dimensão da própria vila: é rica em complexidades resultantes das sucessivas transformações que tem sofrido ao longo do tempo – verdadeiramente um lugar pleno de história(s).
São estas transformações e a memória que delas se tem, através da simples leitura do local, do estudo erudito da sua génese ou da memória dos seus habitantes, que lhe conferem a sua natureza. Assim se define o espírito de um lugar. 
Se não souber compreender e interpretar esse espírito a intervenção pode estar condenada ao fracasso, pela arrogância de lhe roubar a alma ou pela timidez de não conseguir tocar-lhe.
O redesenho do largo Dr. António Magalhães, zona primeira de intervenção, gerou correlações  que implicaram e motivaram a procura de outras áreas e elementos próximos que se tornaram fundamentais no sentido de lhe estabelecer novas perspectivas. A reformulação da sua geometria tem como objectivo a reconstituição de uma unidade formal e espacial semelhante àquela que se pode observar em documentos históricos e que entretanto se perdeu quando, por transformação dos meios de locomoção, os espaços pedonais cederam lugar ao automóvel.
É por isso que o desenho se “simplifica” para criar espaços pedonais mais generosos, capazes de permitir uma relação menos condicionada do peão com a forma urbana, orientando-o, através de percursos, para os elementos arquitectónicos e ambientais mais significativos. Isto porque é evidente a possibilidade de encadeamento de vários “momentos” urbanos que podem tornar mais rica, fluida e diversificada a experiência espacial da própria vila e da sua relação com o rio.
Por este novo percurso, que liga o Largo Dr. António Magalhães ( cota baixa) com o Largo da Lapa ( cota alta), passa a essência da intervenção, já que com ele se pretende tornar público um espaço que até agora tem permanecido residual, sem qualquer tipo de utilização e sem qualquer relação com os edifícios que suporta. Trata-se de restituir uma unidade que se perdeu com as intervenções parcelares que se foram sucedendo no local sem qualquer articulação entre si e sem qualquer  esforço de relacionamento com o espaço envolvente.